Tuesday, July 10, 2007

um kairos um pouco carioca


Um kairos somático – o riso como desanuviamento estratégico.

Fazer de toda a dissimulação um kairos.

A pilosidade libertina livra-nos dos orgasmos do inconsciente.

Um wrestling filosófico.

O explicadismo é o esquematismo feito arte.

A elegância é a distância penetrada pelo acaso.

Alguma nostalgia da semântica fox.

A pintura desassegura-nos das existências.

A sibilinidade de uma narrativa desconexa.

A filosofia artesanal dessublima.

Gasozidade cibernética.

O Belo é a vibração simbólica de uma co-autonomia.A proximidade das coisas da arte confunde-nos com os artistas.

Sentir emoções como uma forma de contratraduzir os estimulos que as pretendem provocar.
A arte tentou morrer através de teoremas semiológicos. Mas falhou quer na morte a que se propôs, quer naquela que lhe impingiram.

Os jogos de linguagem não abolem as simulações. Nem nos livram da multiplicidade dos acasos.
A arte desata-se através de um insignificante que comove.

Cavaslgadas biblicas em algo parecido (ou designável ) com o não-ser.

Vacuídade anti-ascética.

Os discursos e as intenções disfarçam frequentemente a incapacidade de sucumbir a emoções – a arte conceptual mais radical foi a interdição de afectos empáticos.

A infusão nos sentidos de alguns paradoxos deambulantes.

Podem muitas das obras ditas de arte deixarem de ser «definitivamente» arte?

Se a arte é um campo de aplicações bastante vasto, porque não criar algum campo mais intenso, que seja ao mesmo tempo masis restrito nas premissas e mais aberto nos efeitos.

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